Pontos de reflexão:
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Uma meta-crise resulta na eclosão de um meta-mito.
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Para a Direita: Nós não somos os nossos mitos nem as nossas identidades nacionais.
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Para a Esquerda; Nós não somos os nossos direitos nem as nossas liberdades.
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As Almas tem uma Luz Própria, inextinguível. Esta luz, aumentando gradualmente, de “dentro para fora”, ilumina o Mito regional sem o destruir mas ultrapassa-o totalmente na direção de uma Grande História Comum, uma espécie de meta-Mito.
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Não uma História Mítico-Simbólica, tribal, que se contempla como uma criança contempla os pais, mas uma História Universal, que se FAZ. Faz-se pela técnica de projectar a Luz da Alma (que corresponde sempre ao melhor futuro), na textura do presente fluido. Esta Luz gera uma vibração pouco conhecida da Terra: o Universal. E o Universal tem uma lei: a Lei do Amor Cósmico, o Grande Atractor.
5 Mas esta acção da Alma sobre o indivíduo - e por extensão sobre a História - também mantém a consciência conectada com o seu Destino Último. Alma é exigente. “Liberdade” não é suficiente.
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A Alma regula e optimiza a liberdade conquistada pelas revoluções - de todos os tipos - para experiências de coesão profunda, abrindo um tipo de investigação sincera na direção da Verdade, uma auto-realização não em espaços de aberração, mas DENTRO do LOGOS. Acrescenta portanto ao mero usufruto da liberdade uma realidade superior. Ou seja um limite nas possibilidades. Este limite à “liberdade absoluta” chama-se a Lei da Alegria Humana ou a Lei da Alegria Psíquica. Há muitas euforias e exaltações mas nem todas são humanas, nem todas nutrem o desenvolvimento da flor psíquica, o lótus, a rosa.
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Portanto, a Última Grande História será universal ou não teremos nem topografia nem altitude para ultrapassar a actual meta-crise.
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Agora, o mais importante: O processo de adesão a esta Última Grande História Comum será por RECONHECIMENTO interno e intuitivo, não por doutrinação académica ou política. Isso é o mais importante, e também o mais difícil.
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É um reconhecimento no ponto em que “existencial” e “espiritual’ se interceptam. Esta capacidade é sofisticada, logo tem de ser desenvolvida.
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E, obviamente, os Egos entregues a si próprios - do transhumanismo, ao hedonismo, ao nihilismo - não podem manter estruturas de solidariedade social, nem de verdade-coesão, nem podem explorar a liberdade como ponto de partida para o Self. Na verdade, negam a Lei da Alegria Psíquica.
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Sem a aceitação da radiação e magnetismo da Alma a liberdade é apenas a mais subtil das prisões - isto é afinal o hardcore de toda a literatura clássica.
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O problema da Direita Imobilista é que procura o Templo de Salomão no passado quando este está no Coração, e muito além dos meros códigos morais ou outras formas de congelamento da vida.
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O problema da esquerda libertária é que não sabe lidar com as poderosas forças centrífugas dos sistemas que permitem a Realidade e transforma-se facilmente num pião instável e auto-destrutivo.
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Portanto, o problema contemporâneo implica que a nossa espécie aprenda a reconhecer o Real a partir do que vibra além da mente. RECONHECER, ver dentro, sem compulsão.
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O sensor será o refinamento do Coração que gera uma intuição persistente e estável. Sem isso não existe um reconhecimento interno do Real. Assim, deve a Direita aprender a Lei do Amor Cósmico, que não exclui nem teme ninguém. Talvez a sombra desta Lei seja um comunismo espúrio, mas isso não desculpa ninguém a manter o Coração gordo e inerte.
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A esquerda deve aprender a Lei da Alegria Humana, a Lei da Coesão Psíquica. Esta Lei define que a Liberdade como espaço de crescimento na direcção do Logos e DENTRO do Anel do Logos - a Inteligência Cósmica que permite a existência dos Mundos. Nunca menos que isso. Talvez a sombra desta Lei seja um dogmatismo ridículo mas isso não desculpa ninguém a manter o Coração gordo e inerte.
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Na luz da Alma, o eixo central e as forças centrífugas estão por definição em harmonia, uma harmonia dinâmica e criativa. A Lei do Amor Cósmico equilibra-se com a Lei da Alegria Psíquica.
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Essa é a meta-consciência que leva à saída da meta-crise. Temos um encontro marcado com o futuro-eternidade e o ponto de encontro é a descida da Luz da Alma na História.
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Menos que isto e, atendendo à velocidade a que vamos, iremos colidir violentamente contra as paredes rígidas das regras do Real.
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Só esta Luz nos dará o quociente de transparência que permite atravessar a solidez do actual contínuo e entrarmos numa civilização nova, uma civilização em forma de vôo.
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E esta Luz não é nem um misticismo vago nem um socialismo de superfície. É um amplexo, um abraço, omni-inclusivo, omni-responsável, omni-direccional, omni-abrangente, onde centro e círculo dançam em harmonia.
A futura Grande Harmonia, o Novo Signo.
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Em conexão com a Montanha Branca ALA 2022
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